Hiroshima - Primeiro ataque atômico da história encerrou a 2ª Guerra
(Texto de Alexandre Bigeli)
A cidade
de Hiroshima, no sul do
Japão, é mundialmente conhecida por ter sofrido o primeiro ataque atômico da história. A
bomba atingiu a cidade na manhã do dia 6 de agosto de 1945, e a história da
humanidade nunca mais foi a mesma. O ataque americano foi decisivo para o fim
da Segunda Guerra Mundial na Ásia, com a rendição do Japão. O bombardeio
matou instantaneamente cerca de 80 mil pessoas. Uma das maiores cidades do
Japão, Hiroshima tinha na época cerca de 325 mil habitantes.
A bomba também afetou seriamente a saúde de milhares de sobreviventes. A grande maioria das vítimas era formada pela população civil, que nada tinha a ver com a guerra.
A bomba também afetou seriamente a saúde de milhares de sobreviventes. A grande maioria das vítimas era formada pela população civil, que nada tinha a ver com a guerra.
Naquela
fase da guerra, os nazistas já
haviam sido derrotados pelos aliados na Europa. Restava apenas o Japão no
flanco asiático, que resistia com eficiência ao cerco dos americanos. As forças
dos Estados Unidos estavam derrotando os japoneses no mar e nos territórios
invadidos pelo Japão, principalmente nas Filipinas, na China e nos arquipélagos
do Pacífico. Entretanto, segundo os generais americanos, a perda de territórios
invadidos não seria suficiente para que os japoneses se rendessem.
Para que o imperador Hiroíto, líder japonês, aceitasse a rendição incondicional, seria necessário um ataque direto ao território japonês. A invasão ao Japão era considerada uma iniciativa de altíssimo risco, pois a resistência da população e a batalha em solo inimigo provocariam baixas maciças nas forças americanas. Na época, calculou-se que uma invasão poderia causar a morte de aproximadamente 2 milhões de pessoas, entre americanos e japoneses, além de prolongar a guerra indefinidamente.
Foi então que o alto-comando americano passou a considerar a única arma capaz de um ataque fortíssimo, que destruísse por completo o seu alvo sem causar nenhuma baixa nas tropas dos EUA: as bombas atômicas. Somente a potência de um ataque nuclear poderia obrigar os japoneses a se renderem. Na época, diversos cientistas, como Albert Einstein, estavam colaborando para a evolução da tecnologia nuclear, que já podia ser empregada para fins militares.
Para que o imperador Hiroíto, líder japonês, aceitasse a rendição incondicional, seria necessário um ataque direto ao território japonês. A invasão ao Japão era considerada uma iniciativa de altíssimo risco, pois a resistência da população e a batalha em solo inimigo provocariam baixas maciças nas forças americanas. Na época, calculou-se que uma invasão poderia causar a morte de aproximadamente 2 milhões de pessoas, entre americanos e japoneses, além de prolongar a guerra indefinidamente.
Foi então que o alto-comando americano passou a considerar a única arma capaz de um ataque fortíssimo, que destruísse por completo o seu alvo sem causar nenhuma baixa nas tropas dos EUA: as bombas atômicas. Somente a potência de um ataque nuclear poderia obrigar os japoneses a se renderem. Na época, diversos cientistas, como Albert Einstein, estavam colaborando para a evolução da tecnologia nuclear, que já podia ser empregada para fins militares.
A
destruição: Ironicamente
batizada de "little boy", (garotinho, em inglês), a bomba lançada
em Hiroshima é até hoje a arma que mais mortes provocou em pouco tempo. A bomba
foi lançada às 8h15 e as mortes foram praticamente instantâneas. Sua potência
correspondia a 20 mil toneladas de dinamite. A explosão provocou um calor de
cerca de 5,5 milhões de graus centígrados, similar à temperatura do Sol.
A cidade de Hiroshima pode ter sido escolhida para o ataque porque fica no centro de um vale -o que pode aumentar o impacto da explosão nuclear, já que as montanhas ao redor prenderiam na região as intensas ondas de calor, a radiação ultravioleta e os raios térmicos produzidos no ataque.
Após um silencioso clarão, ergueu-se uma espessa núvem de poeira e fragmentos de fissão. Uma chuva formada por gotas do tamanho de bolas de gude caiu depois da explosão. Segundo relatos da época, era uma chuva escura, formada por um líquido pastoso. Essa chuva atingiu vegetações e reservatórios de água em regiões próximas a Hiroshima.
A cidade de Hiroshima pode ter sido escolhida para o ataque porque fica no centro de um vale -o que pode aumentar o impacto da explosão nuclear, já que as montanhas ao redor prenderiam na região as intensas ondas de calor, a radiação ultravioleta e os raios térmicos produzidos no ataque.
Após um silencioso clarão, ergueu-se uma espessa núvem de poeira e fragmentos de fissão. Uma chuva formada por gotas do tamanho de bolas de gude caiu depois da explosão. Segundo relatos da época, era uma chuva escura, formada por um líquido pastoso. Essa chuva atingiu vegetações e reservatórios de água em regiões próximas a Hiroshima.
Prédios
sumiram com a vegetação, transformando a cidade num deserto. Num raio de 2 km,
a partir da área sobre a qual a bomba explodiu, a destruição foi total. Pessoas
foram literalmente desintegradas. Suas mortes jamais foram confirmadas em
função da falta de cadáver. Quem sobreviveu teve a saúde seriamente
comprometida. O calor arrancava a roupa e a pele. No total, morreram cerca de
300 mil pessoas em consequência do ataque. Ou as vítimas foram incineradas pelo
calor, ou morreram aos poucos com os efeitos da radiação (como o câncer).
Ataque à cidade de Nagasaki: Três dias depois, em 9 de agosto de
1945, a cidade de Nagasaki também foi atacada com uma bomba atômica. Mais uma
vez, os americanos batizaram-na com ironia: "fat man" (gordo). A
bomba matou cerca de 70 mil pessoas e deixou 25 mil feridas. Segundo
historiadores americanos, o alto-comando dos EUA ameaçou atacar Tóquio caso o
Japão não se rendesse. A destruição que um ataque nuclear causaria numa das
maiores cidades do mundo era incalculável. O imperador Hiroíto não só aceitou
como propôs a rendição incondicional diante da ameaça. Depois de seis anos, a
sangrenta Segunda Guerra Mundial havia finalmente terminado. Embora tenha
havido vários conflitos após 1945, bombas atômicas nunca mais foram usadas em
guerras. As armas continuam sendo empregadas em testes, para que países exibam seu poder (como fazem Índia e Paquistão,
por exemplo).
Após
conhecer o potencial de destruição das bombas nucleares, potências temem se
envolver em um conflito nuclear. Isso explica por que a guerra fria
sempre foi um conflito de ameaças recíprocas entre Estados Unidos e União
Soviética, em vez de uma guerra nuclear de fato. Mas essa é outra história.
Para ver o filme "Hiroshima o dia seguinte":
http://www.youtube.com/watch?v=kreMfHRwjig
Para ver o filme "Hiroshima o dia seguinte":
http://www.youtube.com/watch?v=kreMfHRwjig
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