Curso gratuito na Casa das Rosas para professores, o tema é bem bacana. Aos sábados:
Terça-Feira, 29/03/2011
Pessoal, há uma série de seminários no Sesc sobre leitura. Os dias e horários são o ó, mas se você puder, vale a pena. Click na imagem para vê-la maior:
Terça-Feira, 22/03/2011
Para os interessados, há uma reportagem muito interesante da revista Piauí sobre o cotidiano de uma escola municipal no Rio de Janeiro. Algumas semelhanças, muitas diferenças, mas os problemas centrais são idênticos aos nossos. Veja lá, vale a pena:
http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-53/anais-da-educacao/o-brasil-e-aqui
Domingo, 13/03/2011
O coordenador Sílvio tem uma atividade que poucos conhecem: é poeta. Vejam abaixo um de seus poemas:
Ilustração "Fun" de Sempé, desenhista francês |
Bicicleta
A bicicleta leva o menino.
O menino com suas entregas,
Muito trabalho poucas moedas.
Pedala, pedala, fazendo curvas,
Na cidade de muitas nuvens,
Sol escondido, garoa fina.
Lá vai o menino na sua lida,
Leva para casa alguns trocados,
Vai ajudar no mercado,
O menino pedala a velha bicicleta.
No ponto da praça... há pessoas com pressa,
Cidade bucólica, Praça da República,
Reproduz a beleza de um povo multi,
O menino se vai e a cidade fica.
Silvio Benedito
Domingo, 13/03/2011
A Fundação Perseu Abramo divulgou uma pesquisa interessante e alarmante sobre a violência contra a mulher. Confira no Link abaixo:
Quarta-Feira, 16/02/2011
Abaixo tem uma dica de palestras para educadores e interessados sobre a leitura na escola. Eu já me inscrevi em todas elas. Grande abraço! O convite está pequeno no blog, clique duas vezes na imagem para visualizá-lo melhor, ok?
Sexta-feira, 03/12/2010
Aproveitando o feriado da Consciência Negra, o professor Rafael Silva, de História, nos enviou o seguinte texto. Leia, veja o vídeo e reflita:
Infância sem racismo: vídeo institucional:
Estatísticas
No Brasil vivem 57 milhões de crianças e adolescentes, sendo 31 milhões de crianças negras e 150 mil crianças indígenas (IBGE/PNAD, 2009).
54,5% das crianças são negras ou indígenas (IBGE/PNAD, 2009).
65% das crianças pobres são negras (IBGE/PNAD, 2009).
26 milhões de crianças brasileiras vivem em famílias pobres. Dessas, 17 milhões são negras (IBGE/PNAD, 2009).
A taxa de mortalidade infantil (até um ano de vida) entre crianças indígenas é de 41,9 óbitos para cada mil nascidos vivos (Funasa). No mesmo ano, a taxa nacional de mortalidade infantil foi de 19 óbitos para cada mil nascidos vivos (Ripsa, 2009).
Das 530 mil crianças de 7 a 14 anos fora da escola, 330 mil são negras e 190 mil são brancas (IBGE/PNAD, 2009).
62% das crianças fora da escola, na faixa de 7 a 14 anos, são negras (IBGE/PNAD, 2009).
Os adolescentes negros têm 2,6 vezes mais chances de serem assassinados em comparação aos adolescentes brancos, nas cidades com população acima de 100 mil habitantes (IHA – Índice de Homicídio na Adolescência (UNICEF/LAV/UERJ/SDH-SPDCA/Observatório de Favelas – Sobre dados do SIM/DATASUS – MS. 2006).
10 maneiras de contribuir
1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.
2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer.
3. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.
4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente.
Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.
5. Não deixe de denunciar. Em todos os casos de discriminação, você deve buscar defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.
6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.
7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnico-racial.
8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e de pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde você trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.
9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.
10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.
Quinta-feira, 02/12/2010
Resolvi postar um conto meu aqui nesse espaço para ver se algum professor se anima a me mandar algum texto também:
Sebo da Esquina
Naquele tempo, o Sebo da Esquina parecia mais um porão, mal iluminado, úmido, escuro, e era no fundo, onde o ar ficava quase irrespirável, que estavam os livros que prestavam. Empilhados no chão, alguns tão mofados e empoeirados que me sujavam as mãos ao pegá-los, eu gostava de ir desmontando as pilhas aos poucos, lendo cada título, avaliando o estado de cada um, os riscos, as dobras, orelhas, páginas rasgadas, dava para deduzir em que época foram largados ali. Olhei em volta e não vi ninguém, só a luz do abajur antigo iluminando o rapaz que cuidava daquilo, tão parecido com seu pai que era como se nunca tivesse saído daquele balcão. Voltei-me para minha pilha de livros, a cada livro tirado me aparecia outro, passei rápido um a um, até que fiquei com este livro de bolso, muito parecido com aquelas ficções da Europa-América.
Não havia título, na capa um desenho escuro que não consegui decifrar, abri na primeira página: “Naquele tempo, o Sebo da Esquina parecia mais um porão, mal iluminado, úmido, escuro...”.
Pedro Marques Cancello
Desenho de M.C. Escher